Depois dos prejuízos sofridos com as lagartas na
última safra, em especial as dos gêneros Helicoverpa
e Heliothis, a expectativa para esta nova safra de soja (2013/14) era de
novos problemas para controlar a praga. No entanto o que se vê a campo são
lavouras muito bem conduzidas no que diz respeito ao manejo de pragas.
Imagens como essa tem sido raras em nossas
lavouras este ano
Lavoura de soja bem manejada – Ilha de Balsas
O produtor se
preparou muito bem este ano para evitar que os prejuízos contabilizados no ano
passado se repetissem. O resultado disso é que as lagartas têm incomodado bem
menos do que se esperava até o momento.
O segredo do sucesso é simples:
- Monitoramento constante das
lavouras, acompanhando os estágios de desenvolvimento e índices populacionais
das pragas;
- Utilização de inseticidas
específicos para controle de cada tipo de lagarta e uso de inseticidas
reguladores de crescimento (fisiológicos), proporcionando melhor controle e
ampliando o efeito residual das aplicações;
- Realização de
pulverizações em condições ambientais favoráveis, atingindo as pragas dentro
dos estágios de controle recomendados.
Aplicação nas horas mais frescas do dia ajuda a aumentar a vida útil do
animal
Pra
os que previam uma safra catastrófica o produtor mostrou mais uma vez que
tem saco roxo sua habilidade de superar os desafios que a atividade
agrícola traz. No fim das contas a Helicoverpa
nos deixou mais técnicos e rigorosos quanto à qualidade das aplicações e novas tecnologias, mais atentos aos cuidados
com a lavoura e com a qualidade e o modo de ação dos produtos.
Lição
aprendida, porém não comemoremos antes da hora. Algumas microrregiões, como a
ilha de Balsas, por exemplo, tem sofrido com veranicos de mais de 15 dias. Essa
condição de baixa umidade relativa prejudica a proliferação dos fungos inimigos
naturais de lagartas, além disso, o clima seco e as temperaturas elevadas também reduzem a eficiência das
aplicações. Lagartas como a falsa-medideira que atacam inicialmente o terço inferior exigem ainda mais da qualidade da aplicação para que o produtos utilizados para seu controle atinjam o alvo, ou seja, este cenário pode trazer novos surtos populacionais de
lagartas.
Vagens sem sintomas de ataques de lagartas
MARCOS MACHADO FERREIRA
É Engenheiro Agrônomo Formado pela Universidade
Federal de Mato Grosso.
Consultor de Vendas na Soja Pires Commodities.
Nas horas vagas escreve para o Blog: Agricultura
no Maranhão.
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